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A ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva, relatou nessa terça-feira (17/01) durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, a decisão de candidatar a cidade de Belém (Pará) a ser sede da 30ª edição da Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em 2025. Declarou que “ter a COP30 no Brasil é dar um sinal que queremos alcançar esses objetivos e queremos que ela aconteça num ambiente não mais dos enunciados, mas dos resultados. O Brasil sempre liderou pelo exemplo, liderou pelo exemplo no combate à pobreza, no combate ao desmatamento, na redução da emissão de CO²”
Segundo Marina, o país deve “liderar pelo exemplo”, um de seus grandes desafios é buscar promover políticas ambientais sustentáveis aliadas ao combate às desigualdades, completou dizendo “nós tínhamos saído do mapa da fome, e agora temos 33 milhões de pessoas que estão vivendo com menos de um dólar por dia”.
A idealização de realizar o evento no Brasil já havia sido defendida anteriormente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em novembro durante sua participação na COP27, no Egito. “Esperamos poder receber o maior evento climático do mundo em uma cidade parte da Amazônia brasileira”, compartilhou em seu perfil no Twitter. O anúncio à candidatura do Brasil afim de sediar o evento foi feita em 11 de janeiro, seguindo com a formalização do pedido para a Organização das Nações Unidas (ONU).
Ainda durante o Fórum Econômico Mundial a ministra anunciou ações do governo enunciando que sua equipe já está trabalhando com o intuito de retomar o combate ao desmatamento. “No caso das metas de desmatamento, já voltamos com o Fundo Amazônia, com o Plano de Combate ao Desmatamento e já estamos recompondo os orçamentos das equipes do ministério. O próprio ministro Haddad nos ajudou na transição a agregar mais R$ 500 milhões para o Ministério do Meio Ambiente, e fazermos com que os fundos de doação não sejam colocados no teto de gastos”, disse.
A respeito da potência do Brasil em meio as ações de meio ambiente afirmou que ”temos um grande potencial em matriz energética limpa, de produzir o hidrogênio verde, desenvolvimento que será fundamental para economias e países que vivem o problema da insegurança energética, principalmente no contexto da guerra da Rússia com a Ucrânia”.
Para finalizar a ministra garantiu, “sustentabilidade não será uma política setorial, mas transversal, passando pelas políticas de energia, indústria, mobilidade, por todos os setores”. Completou dizendo “é o que fará a diferença: atuarmos em todas as dimensões. Mas isso não é mágica, nem acontece da noite para o dia”.
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Eduarda Marques, Redação Arqueorede.