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Ocorreu nesta terça-feira (31) a cerimônia de posse do novo presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), no Palácio do Itamaraty em Brasília. Leandro Grass foi deputado distrital nos últimos quatro anos defendendo a Cultura e o Patrimônio Histórico. Concorreu como candidato ao governo do Distrito Federal sendo filiado ao Partido Verde.
Sua posse significa uma nova fase para o IPHAN, pois Grass tem formação em gestão cultural, porém nunca trabalhou com patrimônio. Em seu discurso, declarou que celebra a nova gestão juntamente com a força que o patrimônio cultural brasileiro possui.
“Após os atos golpistas do dia 8 de janeiro às sedes dos três Poderes é necessário que todos nós tenhamos a certeza que o patrimônio brasileiro permaneceu de pé. A democracia permaneceu de pé”, declarou.
Durante o evento foram apresentados os novos integrantes da diretoria colegiada do Instituto, sendo:
- Andrey Schlee – Diretor do Departamento de Patrimônio Material e Fiscalização;
- Deyvesson Gusmão – Diretor do Departamento de Patrimônio Imaterial;
- Desirée Tozi – Diretora do Departamento de Cooperação e Fomento;
- Maria Silvia Rossi – Diretora do Departamento de Planejamento e Administração;
- Mariana Karam – Chefe da Procuradoria Federal do Iphan.
Também foram anunciadas medidas que serão adotadas pelo instituto em sua gestão, como:
- Retomada do Edital do Programa Nacional de Patrimônio Imaterial (PNPI);
- Início da discussão sobre o Regimento Interno do Instituto;
- Reconstituição da Coordenação de Diversidade Linguística do Departamento de Patrimônio Imaterial;
- Criação do Comitê Interdepartamental para Preservação do Patrimônio Cultural de Matriz Africana;
- Retorno da Revista do Patrimônio com o tema “Patrimônio e Democracia”;
- Adoção de políticas de Educação Patrimonial;
Ao final da cerimônia, Grass assinou uma portaria que acaba com o grupo de trabalho de manutenção e preservação de armas de fogo do órgão, criado pelo governo Jair Bolsonaro. “As armas de fogo, infelizmente, não representam absolutamente nada para a cultura brasileira. O que representa algo de importante é a nossa história, a nossa memória, as tradições do nosso país, são as pessoas”, explicou.
Perfil
Leandro Grass é professor, sociólogo e mestre em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Brasília (UnB), gestor cultural pela Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI), ex-pesquisador do Observatório de Políticas Públicas Culturais da Universidade de Brasília (OPCULT/UnB) e integrante da Associação Amigos do Centro Histórico de Planaltina.
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Eduarda Marques, Redação Arqueorede.