—
Em relatório divulgado pelo Conselho Global de Energia Eólica (GWEC, na sigla em inglês) aponta que Irlanda, Itália, Marrocos, Filipinas e EUA podem liderar a onda de novas instalações de parques eólicos flutuantes — a segunda geração da eólica offshore.
Segundo o documento, a tecnologia é fundamental para as ambições globais de alcançar emissões líquidas zero até 2050.
E esses cinco países teriam um potencial enorme para se unir a mercados flutuantes mais maduros, como Reino Unido, Coréia do Sul, França e Japão, na corrida para desenvolver a tecnologia e reduzir a dependência de combustíveis fósseis, como gás, carvão e petróleo. Para isso precisam implementar políticas de incentivo agora.
O mercado ainda é incipiente, a GEWC projeta que até 2026, as instalações anuais ultrapassem 1 GW — um marco que a energia eólica offshore fixa atingiu em 2010 — e cheguem a 2030 com 16,5 GW.
A maior parte desse volume deve vir só depois de 2026.
“Para muitos países, o potencial técnico para o vento offshore flutuante supera o das turbinas de fundo fixo. Se a energia eólica offshore aumentar sua contribuição para zero líquido, será necessária a implantação rápida de parques eólicos flutuantes. Isso requer liderança política e apoio para se tornar realidade”, diz o GWEC.
O lançamento do documento acontece em um momento crítico, com o mundo atento aos reflexos da guerra na Ucrânia sobre os preços dos combustíveis.
Como forma de sanção à Rússia, países europeus e Estados Unidos anunciaram cortes nas compras de óleo, gás e carvão russos.
Brasil ainda ensaia primeiros passos em eólica offshore
O relator do marco das eólicas offshore (PL 576/21), senador Carlos Portinho (PL/RJ), indica que deve modificar a versão inicial do texto com regras para geração de eólica offshore e privilegiar expansão do setor sobre o modelo de arrecadação com outorgas.
Em entrevista ao político epbr, o parlamentar defende que a experiência internacional pode ser usada como base para estudos, mas que o Brasil precisa de um modelo “mais próximo da nossa realidade”.
O planejamento do senador é apresentar um primeiro relatório em maio para que a matéria seja aprovada pela Câmara e pelo Senado ainda no primeiro semestre — e se sobrepor, na prática, ao decreto editado pelo governo que entra em vigor a partir do dia 15 de junho.
.
MACHADO, Nayara. Os cinco países que podem liderar a próxima onda de eólicas flutuantes. EPBR, 11 de março de 2022. Disponível em: <Os cinco países que podem liderar a próxima onda de eólicas flutuantes (epbr.com.br)>. Acesso em: 10 de novembro de 2022.